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Philip Pullman – A Bússola de Ouro

Comprei o livro A Bússola de Ouro por dois motivos: por causa do filme, homônimo, lançado em 2007, e por causa da capa da trilogia, que são maravilhosas. Eu não lembro de ter visto o filme, mas sempre tive curiosidade por ele. Enfim, é uma daquelas coisas que a gente cria expectativa, imagina que vai gostar, e não se lembra exatamente o por quê. Felizmente, nesse caso minhas expectativas foram alcançadas.

A Bússola de Ouro

Trilogia Fronteiras do Universo #1

Autoria:
Philip Pullman

Editora:
Objetiva

Ano de lançamento:
2007

Páginas (nº):
365
O primeiro volume da trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman, se passa em um mundo muito parecido com o nosso — mas com algumas curiosas diferenças. Ciência e religião se confundem. Todo ser humano possui um daemon, um animal inseparável que na infância toma várias formas. E existe um raríssimo objeto que aponta a verdade, mas ninguém sabe fazê-lo funcionar. Lyra é uma menina levada que vive na tranquila cidade universitária de Oxford, na Inglaterra. Lá, crianças começam a desaparecer. E quando seu grande amigo Roger some, Lyra parte em sua busca, disposta a desafiar seus próprios temores. Na paisagem árida do Norte, onde tenta encontrar Roger, Lyra enfrenta uma terrível conspiração que faz uso de crianças-cobaias em sinistras experiências. Entre ursos usando armadura e bruxas que sobrevoam as sombrias geleiras, Lyra terá que fazer alianças inesperadas se quiser salvar o amigo de seu trágico destino.

A Bússola de Ouro é uma história de ficção com fantasia, que se passa em um mundo diferente do nosso em muitos aspectos. A primeira característica é que, na história de Philip Pullman, todos os seres humanos possuem dimons.

Dimons são animais que acompanham os humanos durante toda a sua vida. Durante a infância, eles podem trocar de forma no momento que quiserem: podem mudar de rato, para leopardo, para gato, para cachorro, para vagalume, e por aí vai. Quando a criança se torna adolescente, chega uma hora que o dimon assume uma forma, e não muda mais.

Os dimons são como almas para seus humanos. Um humano sem um dimon é considerado uma aberração. Eles não podem ser separados, ou os dois sofrerão uma dor excruciante da distância, e talvez não sobrevivam. Eles podem se comunicar e ler pensamentos uns dos outros, e nenhum outro humano é autorizado a tocar no dimon de outra pessoa. Isso é considerado um grande tabu, uma ofensa sem tamanho. Por fim, quando o humano morre, seu dimon desaparece, morrendo também.

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Lyra Belacqua é nossa personagem principal. Ela é uma menina teimosa, curiosa e corajosa, que vive em uma escola catedrática, e recebe aulas de cálculos e outros assuntos desinteressantes pelos velhos que vivem no local. Adora pregar peças nas outras crianças e está sempre acompanhada de seu melhor amigo, Roger.

Porém, quando Roger some sem deixar vestígios, outras crianças de Oxford, na Inglaterra, começam a desaparecer também. Há boatos de que pessoas estão roubando as crianças, e Lyra não consegue ficar assistindo esse desastre acontecer. Com isso, sua curiosidade a leva até o Norte, em uma expedição em meio a um inverno rigoroso, que mudará para sempre o rumo da história, e de sua própria vida.

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Resenha: A Bússola de Ouro

Eu demorei muito pra ler esse livro por estar em fase de TCC, e com pouquíssimo tempo livre. Porém, ao contrário do que geralmente acontece, ao retomar a leitura eu não tinha esquecido a história. É uma trama que envolve o leitor, faz ele ficar sem fôlego e virar uma página após a outra. Se não fosse pela falta de tempo devido aos estudos, tenho certeza que teria devorado o livro em poucos dias.

Lyra é uma personagem que entra em várias enrascadas! Eu fiquei esgotada só de pensar nas encrencas. :,D Coitada, às vezes não dava nem tempo de dormir, e lá vinha outra gangue a perseguindo – sejam elas pessoas, zepelins, feiticeiras, tártaros, ursos de armadura, avantesmas-dos-penhascos…

Sim, tem tudo isso nessa história! E sabe o que é mais legal? A gente não confunde essas pessoas e criaturas, pois todos são super bem construídos e planejados pelo autor. É um mundo novo perfeitamente bem arquitetado, real na cabeça do leitor.

“Os seres humanos não conseguem ver qualquer coisa sem querer destrui-la, Lyra.”

A leitura flui com naturalidade, a linguagem é simples e fácil de absorver. É verdade, tiveram alguns trechos um tanto confusos, que eu tive que voltar e reler para sanar dúvidas. E mesmo assim, alguns parágrafos careceram de maiores explicações, ou explicações mais claras. De todo modo, isso não tirou o brilho dessa leitura.

As surpresas são outro detalhe importante a ser comentado. Quando achamos que sabemos o que irá acontecer, vem o autor e muda tudo. Quando achamos que gostamos de um personagem, ele muda de face e se mostra um inimigo. E a mesma coisa acontece ao contrário. Nada é previsível, assim como o dia a dia de Lyra.

Esse é um livro super gostoso de ler. Ele tem o poder de fazer o leitor sair de sua realidade e viajar até os mais remotos locais, inclusive além da Aurora Boreal. Tudo parece confuso pra você? Leia esse livro, você irá se surpreender com o verdadeiro universo sem fronteiras que o autor criou. É espetacular, de tirar o fôlego! Mal posso esperar pra continuar a leitura com o segundo livro.

E falando em continuar, a HBO lançou uma série baseada nessa história! Ela se chama His Dark Materials, e por enquanto está passando a segunda temporada.

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  • Roberta

    Esse livro é um dos meus favoritos 🙂 Vi o filme primeiro e fiquei encantada, principalmente com o urso <3

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    • Gabi Orlandin

      Oi Roberta!
      Vi o filme há muitos anos, não lembro muito dos detalhes, mas me lembro do urso, era incrível mesmo! Também virou um dos meus livros favoritos. Estou lendo o último agora, e já prevendo que vou sentir saudade da história.
      Abraços!

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