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A maternidade não é (sempre) um mar de rosas

Vamos falar a verdade: a gente romantiza demais a maternidade, cria diversas cenas dentro da cabeça, acha que vai ser lindo-e-maravilhoso-e-mágico. É tudo isso? É! Mas nunca é como imaginamos, e isso nos faz sofrer, porque a realidade é muito diferente.

Quando nasce o bebê, a mulher já não é a pessoa que costumava ser, mas também ainda não se vê no papel de mãe. Os sentimentos são tão intensos, que eu acho difícil sentir aquele amor incondicional pelo próprio filho ali, de cara. Eu me senti dessa forma, pois tinha recém dado à luz, estava meio atordoada, mal absorvendo tudo o que estava acontecendo.

Acho que não tinha caído a ficha que a Olívia estava ali.

E junto de tudo isso, vem a culpa, de não estar sentindo aquele amor tão grande que todos falam (nas redes sociais, né?! Onde a gente enche a cabeça de caraminhola).

Desde o momento em que peguei a Olívia nos braços pela primeira vez, me preocupei demais em fazer tudo certo – segurar ela direito, fazer a golden hour, colocar pra mamar (na pega perfeita, é claro, pois tudo tinha que ser como idealizei). Enfim, eu queria entender tudo o que a bebê precisava para atendê-la e me sentir vitoriosa.

Só que eu esqueci que a gente tinha acabado de se conhecer, e nós duas estávamos experienciando algo totalmente novo: eu no papel de mãe, e ela no mundo – fora de seu casulinho, num mundo totalmente claro, barulhento, grande, expansivo e desconhecido.

E sabe por quê eu precisava fazer tudo perfeito? Porque eu criei tudo isso na minha cabeça. Primeiro de tudo, eu idealizei o parto (que não teve nada a ver com o que planejei!). Além disso, estudei bastante, o que me ajudou, mas quase me levou à loucura de tanta informação (oi, Instagram!).

Eu ainda estou aprendendo, mas fica aqui o registro de uma mãe aos quatro meses: ser mãe é a tarefa mais difícil que eu já exerci na vida, e acho que ficará ainda mais desafiador nos próximos meses e anos. Porém, cada esforço compensa. Criar um ser humano é a maior responsabilidade do mundo, mas é gratificante.

Portanto, vamos tentar romantizar menos a maternidade – começando pela gestação e pelo parto. É lindo demais e eu amei estar grávida (ai, como tenho saudade da barriga!), porém, é preciso criar menos ideais dentro da cabeça e deixar a coisa toda mais leve. As fotos perfeitas nas mídias sociais não expressam a realidade. Tem perrengue, tem noite mal dormida, tem cada busca no Google, tem exaustão, medo, ansiedade… mas tem a recompensa.

A maternidade não é um mar de rosas. E alto e baixo, é uma montanha russa, é dia cinza e dia de sol. Mas o balanço final é sempre, sempre positivo.

Thaís Vilarinho – Mãe recém-nascida

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Thaís Vilarinho – Mãe fora da caixa

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Relato de parto • Maitê

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