Identidade roubada
- Autoria:
- Chevy Stevens
- Editora:
- Arqueiro
- Ano de lançamento:
- 2011
- Páginas (nº):
- 256
A história é contada em primeira pessoa por Annie O’Sullivan, uma corretora de imóveis que tinha uma vida bem comum, como qualquer outra pessoa. Foi em um domingo, quando fez plantão para vender uma casa, que tudo em sua vida mudou. Annie foi sequestrada no final de seu expediente, por um homem bem vestido que, à primeira vista, foi muito simpático e interessado no imóvel. Como o movimento daquele dia de verão foi fraco, que mal haveria em ficar uns minutos a mais para mostrar-lhe a casa? Porém, não durou muitos minutos e Annie viu-se na mira de uma arma, sendo arrastada para dentro de uma van e para um destino que arrasaria sua vida para sempre, deixando cicatrizes profundas e difíceis de curar.
No começo do leitura, senti o peso, a tensão e aquele sentimento ruim de ler esse tipo de história. Fazia muito tempo que eu não lia algo desse gênero, então admito que me senti mal, e em alguns momentos, eu achei que não conseguiria terminar a leitura. A carga emocional é grande, eu me vi dentro do livro, na pele da personagem, sofrendo abusos inimagináveis. É demais, é difícil.
Porém, à medida que a leitura prosseguia, eu me percebi cada vez mais agarrada à história – cheguei ao ponto de acordar sem sono às 3 horas da madrugada e ler durante uma hora e meia. Eu terminei o livro em quatro dias, levando em conta apenas horas vagas. O ritmo e a ordem dos acontecimentos que a autora escolheu para a sua obra deu o toque especial a este livro. Não chega a ser uma história linear, eu diria, pois a narradora conta como tudo aconteceu, mesclando fatos que ocorreram durante o seu sequestro e outros que aconteceram depois, e como ela estava lidando com tudo, de volta à sua vida normal – ou o que sobrou dela.
O fato é que a história prende demais. Quem não gosta desse tipo de leitura talvez se sinta oprimido pelo peso dela, mas quem curte o gênero vai adorar, tenho certeza absoluta. Terminei os últimos capítulos quase sem fôlego, e o final não tinha como ser mais intenso, mais inesperado e melhor! Com certeza, esse é o melhor livro de drama que li este ano – até agora. Só fiquei lamentando por não terem produzido um filme com essa história, pois imagino que seria um thriller de tirar o fôlego! Recomendadíssimo!