Eu me lembro quando o livro Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens foi lançado aqui no Brasil. Ouvi comentários super positivos, empolgados e apaixonados sobre a leitura. Como eu estava em uma época muito corrida, acabei não achando tempo pra encaixar mais aquela leitura. Porém, assim que soube que teria esse filme Com amor, Simon, que é baseado no livro, eu fiquei interessada em ver. E hoje eu entendo o motivo de tanto alvoroço: essa história precisa ser contada.
Com amor, Simon
- Elenco principal:
- Nick Robinson, Jennifer Garner, Josh Duhamel, Katherine Langford
- Gênero:
- Drama, Comédia, Romance
- Duração (min):
- 1h49min
- Ano de lançamento:
- 2018
- Nacionalidade:
- EUA
Simon é um cara super normal do ensino médio. Aliás, um super normal acima da média, eu diria. Ele tem uma família harmoniosa, pais incríveis, amigos leais, divertidos e fiéis e tem seu próprio carro. Porém, Simon tem um segredo. Ok, e qual adolescente não tem, certo? Só que o segredo de Simon é muito grande e pode desestabilizar toda a sua estrutura se vier a público: Simon é gay.
História: Com amor, Simon
Para alguns adolescentes é menos difícil sair do armário (afinal, nunca é fácil), mas para Simon é uma verdadeira tortura, um sofrimento. Ele tem medo do que seus amigos irão dizer, tem medo de decepcionar seus pais e de uma forma bem geral Simon receia pelo que irá acontecer na escola. 🙁
Porém, um dia uma carta é postada no blog da escola. Foi assinada por um suposto Blue, alguém que não quer ser revelado e que diz esconder um segredo: ele é gay. Imediatamente Simon lê, se identifica com o post e escreve um e-mail ao endereço de e-mail do escritor (ambos usados somente para isso, é claro!). A resposta demora a vir, e Simon quase tem um ataque de ansiedade, mas finalmente Blue responde.
Assim começa uma série de correspondências entre dois estranhos que compartilham o mesmo sentimento: o medo de ser quem eles são. É claro que o inevitável acontece: Simon se apaixona. Porém, quando os e-mails vazam no blog da escola, Simon vê seu segredo se espalhar aos quatro cantos. Mas o pior não é isso: com seu segredo revelado, Blue desaparece.
Resenha: Com amor, Simon
QUE HISTÓRIA É ESSA? Eu não vou contar nada, porque quero que vocês assistam. :,D Os personagens incríveis, as emoções ficam à flor da pele, e as coisas vão se revelando no momento exato. Além disso, o enredo nos engana sobre a identidade de Blue até o finalzinho! A gente sente a aflição de Simon pela tela. Ele transmite essa insegurança de não conseguir ser quem realmente é. Um medo enorme de se declarar ao mundo. Ai, quanto amor e quanta aflição em quase duas horas de filme.
Os atores são perfeitos em seus papeis. Nick Robinson é o cara que fez o filme Tudo e todas as coisas, lembram? E tem outras carinhas conhecidas no longa. Dos que eu já vi em filmes, posso citar como Jennifer Garner de A Estranha Vida de Timothy Green, Josh Duhamel de Um Porto Seguro, Katherine Langford e Miles Heizer de 13 Reasons Why.
Além disso, a fotografia e toda a forma como o filme foi construído é muito fofo e encantador. É FOFO DEMAIS! É moderno, atual e direcionado aos jovens, mas sem deixar de emocionar os adultos (e fazê-los pensar). O diretor de Com amor, Simon é declaradamente homossexual, e os produtores também trabalharam em vários filmes teen de sucesso, incluindo A culpa é das estrelas. Ou seja: Com amor, Simon tinha tudo pra ser um sucesso.
E uma das melhores partes foi: por que os héteros não precisam se declarar? É cômico, real e um tapa na cara de todos os que não aceitam as escolhas dos outros. Esse filme é super importante. Ele transmite uma mensagem clara e atual, e informa: não ao preconceito, sim ao amor livre! *-*
Trailer: Com amor, Simon
É lindo ver a coragem sendo transformada em uma corrente, e várias pessoas se mostrando ao mundo, sem rótulos. É maravilhoso ver uma mãe dizer ao filho que o aceita, o ama e não mudaria nada no jeito que ele é. A base familiar é extremamente importante. Por mais que a pessoa tenha que cruzar esse caminho sozinha e enfrentar quaisquer adversidades (que virão), o apoio da família faz toda a diferença nesse momento.
Por fim, é inacreditável que, nos dias atuais, ainda exista tanto preconceito em relação às escolhas de uma pessoa. Mas infelizmente existe. Ainda é “errado” ser gay. É aquela coisa que a mãe finge que não existe, o pai vira as costas e não dá suporte, os amigos dão risada, a escola não pune, a família não ensina… é uma bola de neve. São tantas coisas erradas. Mas no final, tudo é amor. Puro, real, o mais bonito amor. Vamos nos aceitar do jeito que for?
Por favor, vejam esse filme com o coração aberto e usem os sapatinhos dos outros. Às vezes falta só um pouquinho de compaixão para o mundo ser um lugar melhor. 🙂
Igor
Que resenha incrível! Já tinha visto o livro há tempos atrás, do filme fiquei sabendo muito recentemente, mas quero ler primeiro Gabi. Há passei por essa fase de “sair do armário”, a expectativa, medo do julgamento, dilemas adolescentes, pai severo e preconceituoso…enfim, passei. São tantas histórias, é a vida! Hoje me encontro em outros universos, constantemente me descobrindo e tentando sobreviver todos os dias nesse mundo perturbador e maravilhoso.
Gabi Orlandin
Oi Igor!
É bom ter o teu comentário aqui na resenha, apenas fortalece a mensagem do filme. Eu te imagino como alguém super criativo, cheio de potencial pra criar coisas incríveis nesse mundão afora. Você vai longe. Não deixa que os outros abalem a pessoa que você é!
Beijos.