A primeira coisa que chama a atenção neste livro é, provavelmente, o perfil do autor – se você tem o costume de conhecer quem escreveu antes de começar a leitura do livro. Em poucas palavras, sabemos que Dan Gemeinhart é um apaixonado por livros, trabalha como professor e bibliotecário em uma escola e pode falar sobre livros especiais para crianças especiais. Crianças como Mark, protagonista de sua primeira história. E, se tem uma coisa que preciso dizer antes de começar essa resenha, é que você vai se apaixonar por ele. Essa é a mais pura verdade.
A mais pura verdade
- Autoria:
- Dan Gemeinhart
- Editora:
- Novo Conceito
- Ano de lançamento:
- 2015
- Páginas (nº):
- 224
Mark tem um tipo de doença que envolve hospitais, dias de cama e pessoas tristes ao seu redor. Ele sabe que a morte o aguarda e, mesmo transparecendo estar bem com isso, por dentro ele está com medo. Com muito medo. Porém, Mark ainda tem uma coisa a fazer antes de partir e, quando uma ligação do seu médico revela o que todos temiam, ele percebe que seu tempo está acabando, e é melhor fazer isso logo. Ele precisava partir para as montanhas. Precisava escalar o Monte Rainier, assim como prometeu ao seu falecido avô que faria, já que eles não tiveram tempo de escalar juntos, como sonharam. Então, com uma mochila nas costas, uma bolsa e um cachorrinho leal, educado e com um olho de cada cor ao seu lado, chamado Beau, ele partiu de sua cidade, Wenatchee, rumo a Paradise e ao seu destino final: o monte coberto de neve.
Após iniciar a leitura, é impossível parar. O livro é dividido entre capítulos que contam os quilômetros restantes até o objetivo de Mark, e dentro de cada capítulo, há um “capítulo e meio” que dá vez a outra personagem, em terceira pessoa, que conta a situação lá da casa de Mark, enquanto todos estão procurando por ele. É incrivelmente rápido ler esse livro, e quando você percebe, já se passaram muitas páginas, sem que você tenha pegado no sono ou esteja de saco cheio. A narração de Mark em primeira pessoa é incrivelmente boa e fácil de ler, e as partes em terceira pessoa servem pra dar uma quebrada na história, fazendo com que entendamos melhor a vida de Mark. E, mesmo por ser narrado por uma criança, esta leitura ele não é infantil ou muito superficial, muito pelo contrário. No final, há uma revelação que nos conta o por quê disso, mas só tenho a dizer que esse livro é muito, muito gostoso de ler.
Mark é um personagem que queremos abraçar, consolar e dizer que tudo ficará bem – mesmo sabendo que não, talvez. Ele é sonhador e, mesmo apesar da sua doença, ele sabe que precisa cumprir a promessa feita a seu avô. Beau, por outro lado, é o cachorro que todos vão amar: muito esperto, cuidadoso e leal a seu dono até nos momentos mais difíceis. Além disso, eu o imaginei de uma fofura sem tamanho, então eu quis abraçar esses dois pequenos: Mark e Beau.
Eu achei que a história não é fantástica, não é extraordinária, mas é de superação. É sobre encontrar a própria força em cada passo, sobre percorrer os sonhos – mesmo com todos os obstáculos. Além disso, é sobre não desistir, ou sobre saber a hora de voltar atrás, o que, para mim, foi um ponto muito importante e profundo na leitura. Recomendadíssimo a todos que gostam de algo leve, porém com um ensinamento simples e, ao mesmo tempo, profundo.
Gabriela
Já li esse livro e gostei bastante, é uma história bem triste, mas leve ao mesmo tempo. http://www.alemdolookdodia.com
Gabi Orlandin
É bem isso, Gabi! Concordo contigo.
Beijos.
Lívia
Esse é um dos livros que muito me chama a atenção pela capa, Gabi! Sinto que é um livro altamente chorável… ah, eu não tenho costume de ler sobre o autor antes do livro, geralmente vou ler quando acabo.
Um beijo!
Gabi Orlandin
O engraçado é que também não tenho esse costume, mas com esse livro, não sei porquê, fiz isso. Hehe! O livro é lindo, recomendo.
Beijo.