“Estou de mudança”. Quantas vezes falei essa frase nas últimas semanas? Somente para os vizinhos do prédio, foram inúmeras conversas para explicar o motivo da mudança e para onde estamos indo. Para a família, é claro que tivemos que explicar em mais detalhes e pedir conselhos. Para o síndico, avisar que teria outro inquilino no nosso apartamento.
Agora, aqui no blog, escrevo para deixar registrado e botar pra fora esse sentimento tão contraditório que é mudar, deixar pra trás uma parte da vida e começar do zero.
A decisão de mudar
A decisão veio, mais ou menos, na metade desse ano. Estudamos muitos aspectos da nossa empresa, e decidimos por tirar a empresa do Rio Grande do Sul. Tínhamos algumas opções, e acabamos decidindo por uma cidade pequena e litorânea no estado de Santa Catarina.
Eu nunca fui fã de praia – sempre me imaginei morando em um lugar frio, cinza e com ares polares, sabe? Mas depois das filhas, mudei completamente a minha opinião. O inverno que, antes delas, significava sofá, pipoca, chocolate e filme, se tornou sinônimo de gripe, lavagem nasal, noites mal dormidas, febre, e por aí vai. Eu passei a desejar um clima mais ameno e qualidade de vida para a minha família. Lá estava eu, pela milésima vez durante a maternidade, mordendo a língua.
A empresa foi migrada em novembro, e até hoje, fizemos três viagens para encontrar o nosso cantinho por lá. Achamos um apartamento que é a nossa cara, e apesar de não ser exatamente o que imaginei, vai nos atender por alguns anos – pois futuramente sabemos que ficará pequeno para duas meninas.
A mudança
Nosso apartamento na nossa cidade natal é muito bom, muito mesmo. No centro da cidade, com localização privilegiada, uma vista incrível e muita luz solar. Por isso, não queremos vender – se tudo dá errado, ainda podemos voltar, haha! Fomos na imobiliária para entender como funciona o aluguel, e acabamos fechando negócio no mesmo dia. Em questão de 3 horas, estávamos com o apartamento alugado e ordem de despejo da própria casa, haha!
Decidimos ficar na casa da avó para liberar o apartamento e aguardar as festas de final do ano, antes da grande mudança pra Santa Catarina. Com bebês pequenas em casa, eu sabia que organizar tudo ia demorar, por isso comecei logo. Foram 10 dias empacotando coisas, cuidando das meninas e da casa. Ainda bem que decidimos por não levar eletrodomésticos, já que o apartamento novo terá tudo, pois foi um trabalho enorme só com nossas coisas! Nunca fiz mudança, a não ser sair da casa dos pais, e digo que não estou ansiosa pra fazer isso novamente.
O apartamento vazio, a vida em caixas
Ver o apartamento vazio dá uma dor no coração. Foi nosso primeiro lar, onde começamos nossa família. Pra falar a verdade, eu ainda não me acostumei com a ideia de que não iremos voltar pra lá. Essa semana cobrimos o papel de parede de bichinhos que escolhemos pro quarto da Olívia, retiramos todas as nossas as coisas, apagamos nossos rastros. Ficou só os móveis, as paredes nuas, os espaços vazios.
E sabe de uma coisa? Olhando tudo assim, descaracterizado, me fez perceber que, por mais que escrevemos uma história incrível naquele lugar, ele é apenas um apartamento. Paredes, construção, móveis. A nossa história não está vinculada pra sempre àquelas paredes. Hoje ainda me dói falar isso, pois estou me acostumando com a ideia, mas iremos construir muito mais história em outros lugares (e Santa Catarina talvez nem seja o destino final, quem sabe?).
Estamos atualmente morando na casa da avó, com nossa vida inteira em caixas, e por mais cômodo que seja ter ajuda 100% do tempo com as meninas, essa não é a nossa casa. Sinto falta do apartamento antigo, enquanto o novo ainda não é a “nossa casa”. Estou nesse meio de caminho. Me sinto ansiosa para ir, mas angustiada por deixar uma parte da vida pra trás. Saber que iremos recomeçar me enche de esperança, mas também de medo, de expectativa, e também dúvidas.
É até difícil definir esse sentimento tão contraditório. Nova cidade, novos costumes, nova cultura, nova escola da Olívia, novos amiguinhos. Justo agora, que ela estava habituada com a rotina… Mas talvez Deus tenha um plano maior para nossas vidas. Quero acreditar que estamos seguindo o caminho que ele nos apontou.
Por enquanto, é o que tenho a dizer sobre a mudança. Estamos nessa fase de transição, e planejamos nos mudar na semana depois do Natal. Estou ansiosa pra tirar tudo das caixas e organizar na nova casa. Voltarei com novidades e com fotos da nova casa.
Jessica M.
Passei por isso alguns meses atrás e tive que deixar uma casa alugada, mas que me trazia muitas recordações dos últimos anos do meu cachorrinho. Foi um aperto no coração, mas depois de uma semana que tivemos que voltar para limpar a casa para entregar para o dono, eu já não sentia mais que era minha. Foi até engraçado porque é exatamente como você falou, Gabi, são só paredes e construção. Lar é onde nós criamos <3
É sempre estranho estar num lugar distante, fases de transição são sempre estranhas afinal, mas espero que você e sua família se acostume rápido e sejam felizes lá!
Boa sorte nessa nova jornada ^^
Beijos
Gabi
Oi Jessica!
Que bom saber que você também passou por isso, e que essa “saudade” passa. Imagino que deva ser como quando saímos da casa dos pais. Eu me lembro de me sentir assim, mas hoje lá não é mais a minha casa. Resta só as lembranças queridas. A gente sempre faz lar em outro lugar 🙂
Obrigada pelo comentário! Fiquei muito feliz e aliviada de saber que não sou a única a me sentir assim hehe.
Beijos!
Gabriela Miranda
Olá, Gabi! Gostei muito de ler o seu blogpost e imagino como deva ser difícil se mudar, ainda mais depois de ter vivido e construído tantas memórias no lugar. Me casei no começo do ano e demorou bastante até que eu me acostumasse com a minha nova casa e começasse a vê-la como o meu lar. Agora que já me acostumei não quero ir embora daqui de jeito nenhum! hahaha
Desejo boa sorte na mudança e muitas alegrias nessa nova etapa da vida da sua família.
Gabi
É bem assim, Gabi! É estranho no começo até a gente se acostumar, e depois não queremos mais ir embora! Tô começando a sentir essa sensação no novo lar também!
Muito obrigada!
Emerson
Toda mudança é dolorida, mas pelo post dá para perceber que você a tem encarado bem. Sei que dias melhores virão, com novas experiências e histórias para contar e recordar.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Gabi
É isso que acredito, e que me faz encarar tudo com mais serenidade.
Obrigada pelo comentário!
Elizete
Bom dia Gabi!
Faz muitos anos que moro na mesma casa. E ao contrário de você, gosto de mudanças, (a não ser pelos transtornos para empacotar e depois organizar tudo no devido lugar) mas mudança é renovação. E viver é estar em constante renovação.
Eu desejo a você e sua família Felicidades na casa nova, que essa nova fase traga para você grandes realizações, com muitas bênçãos, harmonia, amor e paz!
Feliz Natal!
Grande abraço!
Gabi
Sim, acho que penso o mesmo que você hoje. Estou gostando de estar em um novo lugar, o mais difícil é empacotar tudo e depois guardar.
Muito obrigada pelo carinho! Desejo o mesmo a você e sua família.
Abraço!
Bruna
Oi Gabi!
O pensamento de que existe um equilíbrio de troca me deixa mais tranquila quando vejo situações como a sua. Você está abrindo mão do seu apartamento, para viver experiências lindas em outro lugar. Deixando uma vista bacana, para ter outras vistas maravilhosas em SC.
Torço muito pela felicidade de vocês e que o novo imóvel logo logo se transforme em lar. Vocês e as meninas merecem ter mais qualidade de vida e aconchego <3
Abração!
https://falacatarina.com/bardolino-no-lago-di-garda/