Caixa de Pássaros é um livro antiguinho, eu sei. Você até deve conhecer, tanto o livro quanto o filme que foi originado dele. Escrevi a resenha desse livro, e ela foi publicada aqui no Fluffy em 17 de fevereiro de 2015. Porém, por algum motivo, ela sumiu. Acredito que houve algum erro ou mudança do servidor, pois todos os dados, imagens e comentários referentes a esse post não existem mais, a não ser nos históricos da internet. Por isso, resolvi repostá-la hoje, para que fique salva e disponível aqui no blog. 🙂
Caixa de pássaros
- Autoria:
- Josh Malerman
- Editora:
- Intrínseca
- Ano de lançamento:
- 2015
- Páginas (nº):
- 268
Caixa de Pássaros é o romance de estreia do cantor e compositor (e agora autor) Josh Malerman, que gosta de escrever suas histórias ao som de trilhas sonoras de filmes de terror. O segundo livro do autor, Piano Vermelho, já está resenhado aqui no blog.
Quando solicitei o livro à Intrínseca, não me passou pela cabeça que se tratava de um thriller psicológico e, assim que o mesmo chegou aqui em casa, fiquei receosa para ler. Não é meu gênero favorito, e é por isso que não tem nenhuma resenha do tipo aqui no blog. Porém, este livro me fisgou totalmente e eu não conseguia parar de ler.
Em um mundo de recursos escassos, olhos vendados e um terror persistente, encarar os próprios medos é apenas o início da viagem.
Caixa de Pássaros: resenha
Imagine-se em um mundo caótico, onde a ameaça não pode ser vista. Aparentemente, todas as pessoas que viam as criaturas – ou seja lá o que for – começavam a enlouquecer e machucar os outros e a si mesmos, se matando de formas assustadoras. Por isso, as pessoas colocavam cobertores, madeiras e várias proteções nas janelas das casas. As portas permaneciam sempre trancadas. Para ir ao mundo exterior, somente com vendas pretas sobre os olhos.
Faz mais de quatro anos que Malorie não vê o céu, e seus dois filhos não conhecem o mundo lá fora. A sua casa guarda as marcas dos dias em que mais pessoas moravam ali, mas está chegando a hora de ela tentar salvar a sua família. Ela tem um lugar para ir, mas para isso precisa sair de casa, deixar tudo para trás e se arriscar em um mundo que não reconhece mais.
Entre um capítulo e outro, o autor mescla passado e presente, juntando as peças para que o leitor entenda a história desde o começo. Enquanto o presente pode estar confuso – pra onde ela está indo, quem são as pessoas de quem ela lembra? – o passado vai contando aos poucos a trajetória dela até ali, naquele rio, navegando às cegas (literalmente) para um destino incerto.
Às vezes Malorie lembra, no presente, dos momentos vividos com terror e saudade. Outras vezes os capítulos nos dão um cenário completo de como tudo aconteceu. Nos parece realmente que montamos um quebra-cabeça tenso e aterrorizante, e as figuras são de medo, de incerteza. Uma coisa é certa nesse novo mundo: não se pode abrir os olhos.
A escrita de Malerman é impecável e consegue traduzir o desespero e pânico dos personagens, utilizando-se de frases sem pontuação, palavras repetidas e exclamações em maiúsculo. Lemos como se estivéssemos lá, e a história flui com muita naturalidade. Confesso que foi justamente a narrativa do autor que me deixou com medo, e não consegui ler esse livro à noite, somente durante o dia.
Deve ser lido de uma só vez. Ninguém ainda havia escrito uma história de terror como essa.
HUGH HOWEY, AUTOR DE SILO
Vocês sabem como sou medrosa para histórias de terror, mas eu adorei a experiência de ler esse livro. Trata-se de uma história inovadora, que mexe com o psicológico a ponto de acreditarmos que precisamos tapar as janelas e trancar as portas. Recomendo para quem gosta do gênero e, mais do que isso, para os amantes desse tipo de livro, Caixa de Pássaros é uma leitura obrigatória.
Emerson
Resenha maravilhosa! Quero muito ler esse livro. Já vi o filme e gostei bastante da atuação de Sandra Bullock.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia