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Karen Padilha – O que fizeram de mim?

Quando li o título do livro de Karen Padilha, pensei: deve ser um relato da vida dessa moça que está na capa, contando sobre o que passou na infância e adolescência, e mostrando como superou todos os obstáculos. Gosto de ler biografias de pessoas que têm história pra contar, pois elas me inspiram a ser uma pessoa cada vez melhor, a superar os meus medos e seguir em frente, independente do que apareça no caminho. Porém, nas primeiras páginas deste livro, já vi que eu estava um pouco enganada. Quanto mais seguia na leitura, mais eu percebi que, realmente, criei expectativas demais.

O que fizeram de mim?

Sobre Traumas E Transformações

Autoria:
Karen Padilha

Autoria:
Novo Século

Autoria:
2018

Autoria:
128
O relato que está prestes a ler é muito mais do que um desabafo. Fonte de motivação para muitas pessoas, Karen Padilha compartilha sua jornada de superação desde a infância de rejeições, passando pela adolescência traumatizante e chegando ao ponto mais crítico, fase que inspirou o conteúdo deste livro: sua luta diária para superar a dependência química. Para sair ilesa de todas as maldades que lhe acometeram e em busca de autoconhecimento e alívio dos traumas do passado, ela conta com diversas ferramentas da área de psicologia e desenvolvimento pessoal e recorre a temas sobre espiritualidade. Inspirado em livros fascinantes como ‘O pensamento positivo’ e ‘A lei da atração’, entre outras leituras, ‘O que fizeram de mim?: sobre traumas e transformações’ é uma importante voz para o fortalecimento do eu interior, mesmo diante de tantas situações difíceis.

Karen Padilha é uma menina de pouco mais de 20 anos que passou por maus bocados na infância e adolescência. Foi recusada pela família, abusada de diversas formas e acabou se tornando viciada em cocaína. A moça conseguiu extrair forças e seguir em frente, perdoando as pessoas que lhe fizeram mal e agora vive uma vida baseada no amor, na positividade e no segredo, que é desejar só as coisas boas na vida.

A história dessa menina é uma inspiração para qualquer pessoa. Quando vemos os nossos problemas – às vezes pequenos obstáculos cotidianos – reclamamos e vezes às temos vontade de desistir de tudo. Não é verdade? Porém, muitas vezes, não percebemos que nossos problemas às vezes são pequenos se compararmos a outras pessoas. Karen é uma vencedora. Ela lutou e venceu o abuso, a rejeição e as drogas.

Karen Padilha

Mas nem tudo são rosas. Logo nas primeiras páginas, a autora escreveu que, quando inventa alguma coisa, tem que realizar pra já. Não sou escritora, mas acredito que escrever um livro é uma atividade que precisa de paciência, meses de escrita, revisão e muitos vaivém pra que saia tudo “bonito”. Isso é o que infelizmente não encontrei neste livro.

Peço desculpas, mas preciso ser sincera, como sempre fui em minhas resenhas. Falta revisão, organização dos parágrafos e das ideias que a autora quis transmitir, falta quebra de parágrafo, pausas entre frases. Sobram frases demasiadamente longas, ideias sem uma linearidade, os mesmos fatos repetidos em diversos capítulos e um livro inteiro perdido que não sabia que rumo tomar.

Eu entendi o que a autora quis transmitir, e tenho admiração pela luta dela, mas o livro me irritou no modo como foi feito. Me pareceu escrito rapidamente e sem atenção. Eu entendo essa ansiedade de ver o trabalho pronto, mas um livro exige muito cuidado e é preciso pensar em quem vai ler. Será que vão entender a ideia que quero transmitir? Ou melhor: qual ideia quero transmitir? Me pareceu falta de capricho, de atenção, e de revisão. Já vi esses mesmos erros se repetirem em livros de outros autores nacionais, e isso me deixa muito triste.

Espero realmente que haja outra oportunidade para que este livro possa ser revisado devidamente, e para que se possa pensar em uma linearidade para os acontecimentos, sem que a mesma história seja repetida diversas vezes. A forma como ela superou todos os obstáculos é inspiradora, e merece ser contada da forma como se contam histórias inspiradoras em livros inspiradores. Pois este seria um livro que iria motivar muitas pessoas, inclusive eu.

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  • karen

    Obrigada pelas críticas construtivas, significa muito para mim, Beijos

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  • Sergio

    Não li o livro – ainda – mas a crítica sim. E, numa espécie de metalinguagem, achei a crítica repetitiva – justamente o que ela condena na obra – ao mencionar, repetidamente, que a autora foi repetitiva.

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