É impossível não se apaixonar pela capa desse livro, não é mesmo? Posso falar por mim, ao menos, que amei a fotografia e gostei da escolha de fontes para o título e nome da autora. Porém, foi por causa dela que eu imaginei uma história bem diferente, achando que envolveria cavalos, sítios e fazendas. Ledo engano! Porém, o cavalo tem um significado muito bonito e profundo na história – e, de forma geral, é o que eu considerei como a síntese perfeita pra esse romance. Essa frase explica tudo:
Querida, o cavalo branco só passa uma vez na vida, se você deixá-lo escapar não terá outra chance.
O garoto dos olhos azuis
- Autoria:
- Raiza Varella
- Editora:
- Pandorga
- Ano de lançamento:
- 2014
- Páginas (nº):
- 352
Este é o romance de estreia da autora nacional Raiza Varella, e conta a história de Bárbara, uma garota que tem tudo: duas amigas incríveis para dividir o apartamento, um diploma recém conquistado de advocacia e um casamento marcado com o homem dos seus sonhos. Ou não! Babi não pode imaginar que dentro de poucas horas todos os seus sonhos serão desfeitos, uma de suas amigas será sua pior inimiga, a outra será uma traidora da sua confiança e terá que deixar toda a sua vida em São Paulo para trás. Inclusive seu noivo, que teve a pior das atitudes no dia mais importante de sua vida.
Para curar um coração partido, ela volta à casa de sua avó, onde seus pais estão residindo, em Garopaba. Porém, nem ali ela consegue descansar tranquila, pois as memórias do passado insistem em voltar agora: o garoto dos olhos azuis, aquele menino desconhecido que a salvou há tantos anos e quem ela nunca mais viu. Para somar à conta, a sua mãe a deixa louca, o que a impossibilita de ficar muito mais tempo embaixo daquele teto. Então, na primeira oportunidade, ela vai morar com seus dois irmãos super protetores e dois amigos em um apartamento em Florianópolis. Mal sabia ela que tudo estava para mudar.
Ao iniciar a leitura de O garoto dos olhos azuis, eu me senti presa à narrativa, ansiosa para saber qual foi o acontecimento que deixou a protagonista sem chão. Depois, fui adquirindo uma pequena raiva dela, à medida que enfiava os pés pelas mãos e não media a consequência dos seus atos. Porém, algumas ações impensadas são até compreensíveis, dadas as coisas que ela passou, deixando seu coração em frangalhos. Bárbara não é a melhor personagem que eu já encontrei em livros de ficção, mas não fica longe, por seu temperamento forte, sua determinação em superar o passado e, principalmente, por ter, no decorrer da trama, superado sua mania de fugir de sua própria vida para, no fim, enfrentar os obstáculos do caminho.
Muitos personagens são apaixonantes: além de sua avó, que não sai do salto (ei, nada de assar biscoitinhos e fazer crochê!), temos também a nova amiga Vivian (mais conhecida como Barbie Malibu), seus irmãos protetores-até-demais e Ian, por quem é impossível não se apaixonar (desde que você não coma aquele sorvete de café escondido nos fundos do freezer).
A partir do momento em que conheci a história desse garoto dos olhos azuis, que permanece na memória presente da protagonista, senti uma certa similaridade com o romance Azul da cor do mar, de Marina Carvalho, que eu, coincidentemente, tinha recém terminado de ler. Em ambos temos esse mistério de um garoto do passado, três personagens com o mesmo nome e, por fim, há similaridade na descoberta de todos os mistérios no final. Não quero dizer que houve cópia nem nada disso, mas talvez possamos alegar uma inspiração – ou nem isso, apenas coincidência. Fato é que foi um pouco cansativo ler uma história atrás de outra com um enredo parecido. Mas, neste caso, o azar foi meu de ter escolhido mal a lista de livros lidos.
A escrita da autora é boa, mas pode melhorar. Faltou um tantinho de revisão pra pegar alguns errinhos aqui e ali, mas nada que me fizesse parar a leitura e inspirar profundamente – coisa que faço pra recuperar forças frente a erros grotescos. A partir da metade do livro, eu simplesmente não consegui parar de ler. Engoli uma página após a outra e só me dei por satisfeita quando fechei a última. O livro todo é viciante, de uma forma geral. Portanto, mesmo com coincidências (ou não!), pequenos erros e personagens que dão nos nervos às vezes, O garoto dos olhos azuis ainda é um nacional que merece ser lido – se não pela originalidade do enredo, então pela fofura da história. É impossível não se encantar, nem que seja um pouquinho.
Erissandra
Não conhecia esse livro , porém a história me parece interessante.
Acho que ser deixava no altar abala qualquer pessoa
O livro é lindo adorei a capa a diagramação enfim , tudo
quero muito ler
http://amolivroscomcafe.blogspot.com.br
Gabi Orlandin
Ô se abala, Eri! Ainda mais da forma que ela deixada – porque foi mais do que apenas “ser deixada no altar”.
Obrigada pelo comentário, querida <3
Beijos.
Beatriz Cavalcante
Eu vi uma outra blogueira falando muito bem desse livro e me interessei bastante pela leitura. Eu não conheço a autora e também não tinha visto o livro ainda, mas achei a capa e a história bem interessante. Faz tempo que eu não leio um romance e deu até uma saudadezinha. <3
Poxa, erros são coisas que me irritam um pouco, ter que ficar adivinhando qual palavra deveria estar ali e tals. :/
Beijos!
Gabi Orlandin
Oi Bia!
A autora é boa e a história também – prende muito! – só uma revisão básica ajudaria, como disse. Mas não é nada grotesco, dá pra ler numa boa 🙂
Beijos.
Denise Crivelli
Oi
Já li umas resenhas desse livro e me interessei, gostei da sua resenha o que será que aconteceu com a protagonista no passado, fiquei curiosa. Bom a diagramação pelo que vi na foto está boa e eu acho essa capa linda, mesmo tendo alguns erros como você falou pelo menos gostou da leitura.
momentocrivelli.blogspot.com.br
Gabi Orlandin
Os erros não são grotescos, Denise, dá pra ler numa boa. E também achei a diagramação linda <3
Beijos e obrigada pela visita!
Juliana
Adorei a capa também, Gabi! Muito linda essa foto. Gostei do enredo, parece muito fofo e uma história boa pra passar quem está passando por momentos amorosos difíceis. O que pode ser mais triste do que ser abandonada no altar?? Nossa :~
Amei as imagens do livros, a diagramação é linda e as fontes no início do capítulo ficou linda, assim como na capa 🙂
Beijos!
Gabi Orlandin
Ju, a forma como a protagonista foi deixada no altar é horrível. Porque ela não foi só e simplesmente deixada. Sério, coitada! Também gostei muito da diagramação do livro, mostra o cuidado da editora 😉
Beijos.
Thais Ferreira
Também me apaixonei perdidamente pela história. No início me pareceu um fiasco, toda aquela depressão dela por causa do suposto casamento. Claro que eu entendia o sofrimento dela e tal, só não acho que precisava virar livro (no máximo uma novela mexicana, convenhamos). Mas, assim que a história começou a engajar de verdade, e focar mais no que estava pra frente, fiquei mais interessada. Acho que o interesse começou mesmo quando o Ian apareceu na história. Isso porque eu já não adoro o nome, né? (devido ao perfeito-Ian da série Perdida). E se isso não bastasse, eu comecei a torcer feito louca pra esses dois se acertarem. Eu não conseguia parar de ler, e o final realmente me surpreendeu. Não larguei o livro um minuto sequer, até terminar. Só achei extremamente desnecessária aquela parte que a Camila aparece na cama do Ian do nada kk Qualquer um que estava lendo sabia q era armação, mas como a menina já tinha sofrido muito não confiava mais em ninguem. Ok, ok. Mas acho que a história já estava terminando bem sem isso.
Ps: quase tive um filho naquele sequestro louco. Só de pensar q ela quase perdeu a bebê, meu Deus! Mas enfim, desabafos a parte, adorei o livro rs.
Gabi Orlandin
Oi, Thais!
Não foi um dos meus livros favoritos e, assim como você, não concordei com algumas coisas que a autora fez na história. Porém, tenho que concordar que ele é viciante e não dá pra parar de ler, isso sim!
Beijos.