Resenha do filme: A vida é Bela

A vida é Bela

Ano de lançamento:

1997

Gênero:

Comédia dramática

Direção:

Roberto Benigni

Nacionalidade:

Itália

Duração (min):

116min

“A Vida é Bela” é uma ousadia de um dos cineastas cômicos mais aclamados do mundo. Ambientada na dura realidade da Segunda Guerra Mundial, é uma comovente fábula Chapliniana de amor e fantasia, que conta a história de um homem que usou a imaginação e seu infatigável espírito para salvar aqueles a quem mais amava.

Na primeira parte do filme temos Guido, um homem de bom coração, apaixonado, brincalhão, simples, infantil e com uma criatividade sem limite. Guido vai do campo para a cidade grande com o desejo de ter uma livraria, mas não consegue uma licença da prefeitura e acaba tonando-se garçom – um garçom bem raro, diga-se de passagem, que com toda sua espontaneidade, conquista importantes fregueses do restaurante.

Depois temos Dora, uma professora com quem Guido tem fofíssimos encontros inusitados que findam por leva-los pelos caminhos de uma linda paixão. A relação deles é tratada da mais pura forma; com o mais simples e verdadeiro amor. Alguns anos depois, já casados, os dois tem um filho a quem chamam de Josué.

A segunda parte (onde externei, involuntariamente e de coração por tanto envolvimento com o filme, vários suspiros encantados e pesarosos) é quando Guido e Josué são levados para um campo de concentração. Dora, com sua firmeza e amor pela família, enfrenta os homens fardados e pede para ser levada também. Lá, a mãe fica junto das outras mulheres, e pai e filho ficam juntos. Os ‘meninos’ fazem alguns amigos que acabam ajudando Guido (ainda que sem mover um dedo, apenas consentindo) a cuidar de Josué. É aí que esse pai usa todo seu amor e criatividade para salvar uma cabecinha de criança de toda a maldade que o cercava naquele lugar: Guido fez Josué acreditar que eles estavam em um jogo onde deveriam seguir determinadas regras, fazer determinada quantidade de pontos e, no final, quem ganhasse, levaria para casa um tanque de guerra de verdade.

Esse filme me tocou profundamente. Ele carrega em sua essência coisas que sempre me emocionam e cativam: criatividade, infância e doação. Cenas em que um pai cansado de corpo e mente, carregando uma história e um trabalho nas costas, consegue sorrir para o filho; ou quando os dois, distantes, trocaram piscadelas de um olho só e Guido, mesmo seguido por um soldado, fez graça pro menino; entre outras cenas que mostram a cumplicidade e amizade de uma família que possui apenas a certeza de ter um ao outro e o amor… De longe um dos filmes que mais me emocionou.

Super recomendo! Quase como um desejo, para todo mundo! É pra ver e (re)pensar sobre família, fé, doação e, muito, muito sobre acreditar no amor que se sente!