Este foi um livro no qual depositei muitas esperanças e expectativas, em parte por ser uma história de época – meados de 1590 – e em parte por ser ambientada em Veneza e arredores. No início, a leitura realmente correspondeu ao meu objetivo, porém com o decorrer da trama, senti que ela deixou a desejar.
O livro da loucura e das curas
- Autoria:
- Regina O’Melveny
- Editora:
- Novo Conceito
- Ano de lançamento:
- 2013
- Páginas (nº):
- 350
Gabriella Mondini é uma mulher à frente do seu tempo: além de ter escolhido a medicina como profissão, o que não era comum e bem aceito pelas pessoas, é uma mulher ousada, pois não aceita as imposições e regras de seu tempo como algo a lhe impedir de alcançar seus objetivos.
O objetivo desse livro me pareceu pequeno se comparado à grandiosidade da escrita de Regina. No início da história, a protagonista resolve partir de sua cidade, Veneza, e ir atrás de seu pai, também médico, desaparecido há mais de dez anos. Ela leva consigo alguns pertences, além de um baú de medicamentos e dois criados. Este ponto inicial da história deixa o leitor ávido por saber o que acontecerá nessa expedição, querendo descobrir se a personagem encontrará seu pai perdido.
Como eu comentei sobre o objetivo pequeno do livro, preciso explicar: com o passar da leitura, senti que muitas coisas estavam sendo contadas exacerbadamente, sem necessidade, como é o caso das doenças que Gabriella escrevia em seu livro, e sobre detalhes da história que realmente não fizeram muita diferença – enquanto, para mim, pontos chaves e importantes poderiam ser melhor aprofundados.
Além disso, por Gabriella ser médica, houveram trechos em que quase larguei o livro, pois a autora adentrou demais alguns detalhes que, para quem não tem o “estômago forte“, eu diria, pode sentir-se levemente enjoado. Mas não são muitos momentos, então creio que isso pode ser quase desconsiderado no contexto geral.
Então, o motivo por eu ter dado apenas três estrelas ao livro é pela sua demasia em explicações que deixaram a leitura cansativa e sem “movimento” em alguns capítulos. Talvez a viagem, com suas tantas paradas em diversas cidades e a infinidade de nomes de personagens tenha me confundido um bocado, mas isso atrapalhou a minha leitura a ponto de eu me perder e só desejar saber o final da história – se ela realmente encontra o pai ou não.
Apesar disso, penso que poderia também ser um livro quatro estrelas, pois ele tem diversos pontos positivos, e um deles é, de fato, a personalidade forte da protagonista, além da época e lugares que tira os leitores dos ambientes considerados “mais do mesmo” – ou “clichês“.
Recomendo a leitura a quem tem paciência de ler descrições, às vezes mais detalhadas, de locais e situações, e a quem gosta de “histórias antigas”. Vale lembrar que este livro não dá muito espaço a romance, focando-se na viagem e na busca, portanto, quem deseja ler um romance talvez se decepcione com este livro.
Apesar de tudo, a leitura valeu a pena, principalmente pela bravura da personagem – coisa que não via há muito em um livro – e pelo contexto geral da história, que teve, enfim, um desfecho satisfatório para mim.
Luna Grilli
Nossa… Eu nunca tinha ouvido falar sobre esse livro, e bom, pela sua resenha, acho que deixei a desejar de lê-lo. Gosto de romances, gosto de viagens e gosto de uma literatura com ar médico. Porém, você contou que o livro apresenta personagens em exceto o que pode chegar até confundir o leitor. Isso eu realmente não gosto. E também não tem nenhum romance..
Mas quem sabe um dia eu experimente esta leitura?
Beijinhos.
Maria Eduarda
perdi o pouco de interesse que tinha neste livro [sad]
Sandra
Você não é a primeira que vejo desanimada com esse livro, Gabi.
Lendo outras resenhas por aí, também desanimei bastante. Acho que nem vou ler, vou passar, viu? Ando tão enjoada de livro meia-boca.
Vamos ver, vou me decidir ainda.
Beijinhos!
Aline T.K.M.
Interessante a forma como você explicou o porquê das três estrelas para o livro. Na realidade, esse é um livro que me deixa totalmente sem ideias concretas do que poderia esperar da trama, da narrativa. Isso porque já li uma e outra resenha bem animadora, outras mais cautelosas. De todas as formas, costumo gostar de descrições e toda essa parte da medicina me atrai, mas ainda assim a incerteza fica mais forte que a urgência em ler o livro. Me arrependi de não tê-lo solicitado como parceria, mas enfim, hoje a curiosidade já não é tanta e não sei se algum dia o lerei, de fato.
Beijoka, Livro Lab
Gladys Sena
Já tinha lido outras resenhas que o classificaram como “mediano”.
Bjo!
http://meuhobbyliterario.blogspot.com.br/
Mirelle
Oi Gabi, infelizmente este não é o tipo de livro que me atrai.. talvez por se passar em Veneza, até seria um motivo para lê-lo, porque amo a Itália.. mas livros de época não fazem muito meu estilo.. acho sempre que são chatos e arrastados.. ainda bem que você nos avisou, porque não tenho interesse algum de colocá-lo na minha lista. Beijos, Mi
http://www.recantodami.com
Gislayne Perez
Gostei muito da resenha desse livro, parece ser muito inspirador e bonito… Fiquei curiosa para lê-lo…
E eu gostei dessa capa, é muito intrigante…