Enfim, a névoa do primeiro mês do puerpério começa a se dissipar. Findados os quarenta dias de quarentena, é possível ver a luz no fim do túnel. Não que o puerpério dure o tempo do resguardo, muito pelo contrário. Acredito que ele vai muito além – inclusive, dura mais do que o segundo mês. Porém, depois de um tempo, a pressão da nova rotina vai ficando mais fácil de lidar.
Como é de se esperar, a cada dia o túnel vai ficando mais claro, e o final dele fica mais próximo. O segundo mês do puerpério não é o fim da turbulência, como disse, mas é um passo mais perto da calmaria – quer dizer, um conceito novo de calmaria, levando-se em conta que agora há um bebê em casa, hehe!
Até então, a gente não sabia interpretar o que a Olívia queria – se era fome, cólica, sono, fralda suja… Então, restava partir para a tentativa e erro. Aposto que todos os pais de primeira viagem passaram por isso. Eu não conseguia, até então, distinguir um choro do outro O resultado disso é que eu me sentia culpada por não saber lidar com a situação, me deixando nervosa e passando esse sentimento para a bebê.
Durante o segundo mês, tudo isso começa a melhorar – bem aos pouquinhos. A amamentação, que antes era extremamente sofrida e dolorida se tornou mais fácil (pedi ajuda a uma consultora, que eu super recomendo para as mamães de primeira viagem) e eu comecei a identificar os tipos de choro (às vezes, somente algumas expressões já me diziam o que estava por vir). É um alívio enorme poder entender o que seu filho quer para poder atendê-lo – a culpa começa a diminuir e a autoconfiança vem devagarinho tomando o lugar.
O meu segundo mês pode ser definido exatamente por essa autoconfiança que comecei a sentir. Comecei a entender que eu sou capaz de cuidar da minha filha. Mais do que alimentar, eu sou capaz de dar amor, cuidado e proteção. Que eu sou tudo o que ela precisa, e ela precisa da mamãe feliz, saudável e mentalmente segura para também ficar bem.
Nem todos os dias são assim. Há dias bons, há dias maravilhosos, há dias ruins e outros bem difíceis, em que volto algumas casinhas no tabuleiro da maternidade. Às vezes dá vontade de desistir de tudo mas, ao contrário do primeiro mês, o amor nos impede de pensar dessa forma. Porque no segundo mês eu comecei a entender esse amor incondicional de que tanto falam. Mas esse é um assunto pra outro post inteirinho.
Acho que, finalmente, dá pra acreditar que o puerpério vai chegar ao fim. E não está muito longe.
Michelly
Oiii, Gabi!!!!
Preciso dizer que tenho acompanhado as notícias pelo instagram com o quentinho no coração! É incrível ver pessoas que acompanhamos a tanto tempo crescendo, formando uma família e ganhando o mundo. Desejo toda felicidade do mundo nessa nova fase da sua vida!
Beijos
Gabi Orlandin
Oi, Michelly!
Adorei receber teu comentário aqui, porque você é uma das pessoas que me faz lembrar da antiga blogosfera. Ah, que saudade, né? Muito obrigada pelo carinho <3