De repente acontece
- Autoria:
- Susane Colasanti
- Editora:
- Novo Conceito
- Ano de lançamento:
- 2014
- Páginas (nº):
- 288
No decorrer da leitura de “De repente acontece“, eu achei que o findaria de forma não satisfatória, ou no máximo esperada. Eu achei que ele seria um clichê, com final muito previsível e sem grandes acontecimentos, mas não é bem isso: essa leitura não se encaixa em algo incrível, mas a autora trouxe algumas surpresas agradáveis para levar o leitor a caminhos diferentes do esperado, o que (eu achei) deu um ar um tanto diferente no enredo, tirando-o, em parte, do lugar-comum.
Não esperem uma história arrebatadora, pois não é. Este livro é um daqueles em que a moça, às vésperas de prestar vestibular para ingressar para a universidade, se vê esperando desesperadamente pela ligação do cara mais lindo e popular da escola. E não é que ele realmente aparece, em um intervalo, e a convida para sair? Não demora e eles estão namorando, mas é claro que, sendo Sara uma nerd e Dave um “quase-sem-cérebro“, as coisas não fluem como ela imaginou. Mas o destino já tinha algumas cartas na manga, que não demoraram a aparecer: uma dessas cartas, em especial, é Tobey, um cara inteligente, mas que não está nem aí para a escola e a faculdade, e que só liga para a sua banda de rock e, bom, garotas. Agora podemos ver um esquema: Sara está namorando Dave, de quem começa a desgostar, enquanto o desorganizado (e fofo!) Tobey passa a entrar em cena (roubando-a!). Podemos ter uma ideia do que acontece nesse triângulo, não é? 🙂
Como disse, esse livro é um daqueles que vemos quase sempre por aí, mas a autora acertou em cheio em adicionar alguns ingredientes que, mesmo não sendo novidade, tornam a história mais interessante: crescimento, estudos, faculdade, sexo, aparências… tudo o que tem a ver com o universo jovem. Na verdade, Susane entende muito bem esse mundo, expondo situações que estão no dia a dia desse pessoal e, mesmo que algumas sejam embaraçosas, estão presentes neste livro, pois são a realidade. É por isso que pode-se dizer que este livro é escrito para eles, os jovens da média de 15 anos, que estão vivendo esses sentimentos contraditórios e precisam de um ponto de apoio e uma história semelhante – mesmo que fictícia – para se conhecer, se entender. Ponto para a autora!
Para os que já passaram da idade da média dos 14, 15 anos e não gostam de leituras feitas para leitores mais jovens, podem não curtir esse livro. Mas, para aqueles que se divertem com os diálogos e sentem as agonias da adolescência junto com os personagens – e ainda se tornam nostálgicos com as lembranças! – vão curtir a história de uma forma leve e divertida.
ana
peguei esse livro na ultima vez que fui na livraria, mas acabei nao comprando.
Concordo com a sua resenha, que talvez eu não goste muito, mas ainda estou curiosa pra ler! rsrs
Beijos