Quando recebi o primeiro livro da trilogia Mago Negro aqui em casa, de cortesia da Editora Novo Conceito, prometi a mim mesma que faria a leitura assim que possível, pois tinha interesse na leitura pela sua história diferente de tudo o que eu já tinha lido até então. Mas o tempo passa – e a fila de leitura só aumenta – , e só depois de um longo tempo consegui colocar a trilogia na frente de outros livros. E, mesmo tendo perdido um pouco da expectativa devido ao longo tempo, consegui me surpreender com a leitura.
O Clã dos Magos
A trilogia do Mago Negro, livro 1
- Autoria:
- Trudi Canavan
- Editora:
- Novo Conceito
- Ano de lançamento:
- 2012
- Páginas (nº):
- 446
Nas primeiras páginas, me senti totalmente perdida: as cidades, nomenclaturas, costumes e pessoas em geral pertencem a um mundo totalmente diferente do nosso, e o primeiro capítulo nos joga de cabeça dentro do acontecimento mais marcante do povoado: a Purificação dos indigentes de Imardin, realizada pelos magos. Se você iniciou essa leitura e, assim como eu, não entendeu absolutamente nada, tenha paciência: tudo vai se explicando aos poucos e as coisas passam a ficar mais claras.
Sonea é uma jovem que, junto com seus tios, foram expulsos da hospedaria na cidade onde viviam e obrigados a voltar para as favelas, em busca de um abrigo para sobreviver. De volta ao ambiente ao qual já estava familiarizada, Sonea encontra seus velhos amigos e, convencida por eles, vai assistir ao ritual de Purificação. Acontece que nenhum favelado, como são chamados os habitantes das favelas, gosta dos magos; diversos são os motivos de tanto ódio, mas o mais comum é a crença de que o clã, com todo o seu poder, não mexe um dedo para ajudar o pessoal que batalha dia a dia para sobreviver em meio a tanta pobreza. Esse ódio faz com que algumas pessoas joguem pedras contra eles, mas estes protegem-se com uma camada de proteção mágica, para que as pedras não os atinjam. Até o dia em que uma delas – a de Sonea – cruza a barreira, e tudo vira um caos. Sonea passa a ser procurada pelos magos pelos seus poderes mágicos recém descobertos, que podem ser um perigo para ela e todos que estão perto.
A partir de então, inicia-se uma busca frenética por Sonea, e os magos adentram, muitos pela primeira vez, a realidade da favela. Somos transportados para o meio deste ambiente, conhecendo integrantes de grupos denominados como Ladrões, adentrando passagens subterrâneas infinitas, ao mesmo tempo em que conhecemos alguns magos integrantes do clã. As diferenças entre a riqueza e a pobreza são bastante evidentes nesse livro, estando sempre à deriva de qualquer acontecimento.
A história pode se tornar um pouco cansativa por causa de algumas explicações incompletas da autora, e também pela linguagem usada pelo povo da favela, com palavras que não conhecemos. Mas o interessante é que, nesses casos, mesmo sem ler o glossário, a gente começa a entender esses significados no contexto. Acho que tudo se resume a darmos a nossa interpretação às coisas, já que é um mundo totalmente novo e desconhecido. Além disso, Sonea às vezes é muito chata ao não dar uma chance à sua sorte, ficando amarrada a costumes antigos. Eu quis realmente soca-la nessas horas.
Para finalizar, gostei muito dessa leitura, que dá a introdução para a vida de Sonea em um lugar que ela nunca pensou adentrar, ao mesmo tempo que expõe duas realidades que, aos poucos, vão se fundindo, quebrando paradigmas que há muito perduram entre as gerações. O livro deixa uma abertura fantástica para o segundo livro, e é impossível não sair correndo para ler a continuação, que se chama “A Aprendiz”.
Mariana Oliveira
Ahh eu estava mesmo querendo ler este livro, sempre que passo na livraria dou uma olhada nele, mas nunca o levo. Tinha me interessado a primeira vista pela capa que me lembra A Mão Esquerda de Deus. Na verdade, eu acreditava que seria uma história meio medieval, com magos dos tempos antigos. Gosto muito de leitura assim, mas sempre me enrolo com esses textos [dead] haha
Ace Barros
Falei sobre esse livro na semana passada lá no blog e basicamente citei os mesmo pontos que você, tantos os negativos quantos os positivos. O post de ontem foi justamente sobre A Aprendiz e eu digo: se prepare para uma significativa melhora de modo geral na história.
Eu gostei muito da série como um todo e saber que o mundo construído por Trudi tem sequência após essa trilogia foi bastante animador.
Ace Barros
Capitão do drakkar Interlúdio, navegando pelo Multiverso X
/multiversox.com.br
Gabi Orlandin
Ace, eu já li toda a trilogia e me apaixonei! O último livro é incrível, apesar de bastante chocante para mim. Comentei na sua resenha de A Aprendiz que precisei de algumas horas pra superar aquele fim.
Obrigada pelo comentário!
Abraços.
Ace Barros
Faz um bom tempo que li a série, apesar de estar postando agora no Multiverso X eu já falei dos três no blog da minha noiva, a Neyla do Coisas de Meninas.
Não tive um choque tão grande quanto você no terceiro livro, mas com certeza ele tem um forte impacto em toda a realidade criada pela autora. Eu gostei bastante da série, como já disse. Sou fascinado em cenários bem construídos e o da Trudi me ganhou pela complexidade apresentada, apesar de nem tudo ser mostrado. Ela acertou em dar as informações necessárias ao leitor e não apenas mostrar que tinha uma grande cenário repleto de pontos pra desviar nossa atenção.
Não precisa agradecer o comentário, é sempre um prazer falar sobre coisas que gostamos.
Ace Barros
Capitão do drakkar Interlúdio, navegando pelo Multiverso X
Isa
Aaawn eu quero muito ler esse livro! Mas eu tô que nem você, já tem taaantos na frente que eu nem sei quando vou conseguir comprar essa trilogia mas eu quero demais!! Sua resenha ficou super completa e me fez querer mais ainda!