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William Nicholson – Rich e Mad

William Nicholson é bastante conhecido pelo seu currículo como produtor de TV. Ele já escreveu diversos documentários, além de roteiros de séries, como Shadowlands, e filmes, como o Gladiador. Eu li a biografia do autor somente depois de ter iniciado a leitura de Rich e Mad, e foi aí que entendi porque a escrita estava me parecendo um script. Então, com isso em mente e sabendo o que esperar (ou não esperar), segui a leitura. Não foi decepcionante, mas também passou longe do que eu imaginei.

Rich e Mad

Autoria:
William Nicholson

Editora:
Galera Record

Ano de lançamento:
2015

Páginas (nº):
304
Maddy Fisher decidiu se apaixonar. E não se trata de qualquer tipo de paixão: precisa ser louca, envolvente, absoluta. E, aos 16 anos, acredita que é só questão de se soltar um pouco mais. Quando Joe, colega da turma de teatro, começa a lhe mandar e-mails, ela sente que chegou a hora. Do primeiro amor, primeiro beijo, primeiro… tudo. Joe está saindo com Gemma. Mas só porque não quer ferir os sentimentos da menina. Afinal, eles namoram desde sempre. Logo logo, Mad vai poder contar a todos que tem um namorado. O virtual vai invadir o mundo real. E ela vai deixar de ser a esquisitona solitária: com amigas, mas sem par. Rich Ross também está em busca de amor. E vai fazer acontecer! O problema é que em meio ao preconceito, mentiras, pornografia, literatura, o sentimento se torna bem difícil de encontrar. Afinal, amor verdadeiro pode vir nos mais diversos formatos. É possível que uma pessoa que ele nunca imaginou sob essa ótica seja a que vai tocar seu coração? Os caminhos de Rich e Mad estão prestes a se entrelaçar. Com honestidade e delicadeza, a história clássica do ‘garoto encontra garota’ ganha um novo significado, agora repleto de descobertas e de aprendizado.

Maddy Fisher é a personagem principal, e decidiu que quer ter um namorado. Simples assim. Mas ela não quer qualquer um: quer alguém que possa amar, em quem possa confiar. Verdadeiramente, Mad está procurando o amor que faça seu coração bater mais forte. E, por uma coincidência do destino, ela acaba trocando e-mails com Joe Finnigan, o garoto mais lindo e desejado da escola. Tudo é tão maravilhoso que nem parece verdade. Só que a gente descobre tudo um pouquinho depois.

E Rich Ross é aquele carinha conhecido como o “esquisito” na escola, que sempre tem um livro embaixo do braço, adora as aulas de teatro e não tem muitos amigos. Pra compensar, ele também não tem dinheiro – o que, em sua concepção, ajuda a atrair garotas bonitas, como o seu amor platônico chamado Grace Carey, uma das melhores amigas de Mad.

“Há dois tipos de amor. Há o amor que você recebe de alguém e há o amor que você dá para alguém. As pessoas acham que a melhor parte do amor é ter alguém amando você. Mas acho que a melhor parte é ter alguém para amar. Alguém que te permita amá-lo.”

“Sua vida tem valor, ponto final. Cada vez que respira, você muda a atmosfera do planeta. Cada palavra que fala continua para sempre. Ondas sonoras nunca morrem, sabia disso? Cada coisa que você faz faz diferença.”

Já podemos tirar algumas conclusões com essa premissa, certo? O próprio título nos sugere o que vai acontecer, afinal de contas. Mad é uma personagem muito legal, até um tantinho sonhadora, que não faz mal a ninguém e só quer que as pessoas de todo o mundo se amem. Ela é uma pessoa do bem, resumidamente. E Rich é apaixonante… em todas as suas imperfeições, em suas fofuras e nas atitudes atenciosas. Não é um personagem de arrancar suspiros, como gosto de dizer, mas é daqueles que eu tenho vontade de apertar, de tão fofo.

A história é toda fofa, mas eu achei que o autor fugiu demais do foco central e abriu demais as opções e ramificações da trama. O que começou parecendo ser um romance “trocado” entre Mad e Joe acabou com relações familiares e namorados que batem nas garotas. Em compensação, outras questões que achei mais importantes relacionadas aos personagens acabaram ficando quase em segundo plano.

resenha do livro Rich e Mad
resenha do livro Rich e Mad

Está na capa do livro: “Primeiro beijo, primeira vez”, por isso já adianto que isso não é um spoiler: o livro trata sobre amor e sobre sexo, e sobre essas duas coisas sendo feitas pela primeira vez. Tendo dito isso, posso agora dizer que, na minha opinião, o romance entre os personagens ficou muito para o final do livro, e a narrativa foi rápida demais. O amor deles não me convenceu, pois em um momento eles juravam que amavam uma pessoa, e em outro estavam trocando juras de amor entre si. Os próprios Rich e Mad admitem que tudo aconteceu rápido demais, mas achei meio difícil para eu, como leitora, absorver tudo isso. Além disso, a forma como Mad agia, parecendo ser super experiente, não ficou legal. Achei forçado que uma garota que nunca fez sexo fosse tão desinibida e falasse certas coisas.

Apesar de tudo, esse é um livro fofo e que encanta por causa dos personagens – se não por Mad, simplesmente por Rich, que deveria ter ganhado mais espaço, por ser tão fofo e cheio de falas incríveis (as duas citações dessa resenha são dele). Se você procura um livro leve para ler rapidinho, recomendo Rich e Mad. Mas se você cria expectativas por causa desse “primeiro beijo, primeira vez”, achando que será um romance bem desenvolvido nesse quesito, talvez se decepcione. Vá sem pretensão, e tenho certeza que o livro vai te cativar.

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  • isabela

    eu simplesmente adorei esse livro só de ver a capa me da vontade de ler ,quem não gosta de uma história de amor dessas .

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  • Sarah Lynn

    Me identifiquei com a sinopse do livro, mas lendo a sua resenha não sei se eu quero ler. Não gosto quando é feito rápido demais, principalmente quando deveria ser o assunto PRINCIPAL do livro. Sou chata mesmo, se é pra abortar um tema X, aborde ele e não o deixe de lado e venda como outra coisa, sabe? Já li muitos livros assim e me decepciono com essas coisas! hahaha Se um dia eu achar esse livro, e tiver a oportunidade de ler, o farei, vai que eu tenha uma opinião diferente da sua e goste do livro, nunca se sabe. Basta dar uma chance, né?! <3

    http://www.seismilmilhas.com/

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    • Gabi Orlandin

      O pior é que ultimamente ando sendo um chamariz pra esse tipo de livro, sabe? Estou lendo autores diferentes pra sair dessa maré hahaha. E sim, pode ser que a sua opinião seja diferente da minha, é claro!
      Beijão.

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